A indústria de eletroeletrônicos no Brasil, que inclui produtos como notebooks, smartphones e televisores, está preocupada com os impactos negativos no crescimento das vendas devido à elevação da taxa de juros e da cotação do dólar. O aumento dos juros tem encarecido o crédito, enquanto a desvalorização do real frente ao dólar, que recentemente ultrapassou R$ 6, pressiona os preços dos produtos, especialmente devido à alta dependência de componentes importados.
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) já sinaliza uma revisão nas suas projeções de crescimento para o setor, que antes apontavam para um aumento de 6% no faturamento, totalizando R$ 241 bilhões. O presidente da Abinee, Humberto Barbato, alertou que a elevação de custos, especialmente com logística e componentes, pode afetar essa estimativa. Além disso, a greve dos auditores da Receita Federal tem gerado atrasos tanto nas exportações quanto no recebimento de insumos essenciais para a produção, intensificando as dificuldades enfrentadas pela indústria.
Com a alta nos custos de frete e armazenamento de carga, os fabricantes também enfrentam desafios logísticos adicionais. O setor de eletroeletrônicos solicita ações imediatas do governo para solucionar as questões relacionadas à greve e aos elevados custos, uma vez que algumas fábricas estão operando com produção parcial. Diante desse cenário, a perspectiva de crescimento do setor em 2025 se mostra incerta, e os líderes da indústria estão em busca de alternativas para mitigar o impacto das condições econômicas adversas.