O aumento da taxa Selic para 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central gerou críticas por parte do setor industrial, que considera a medida prejudicial à economia. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou o aumento como injustificado, argumentando que a persistência dos juros elevados no Brasil impacta negativamente os investimentos e a criação de empregos. Para a CNI, a decisão do Copom desconsidera os esforços da política fiscal e pode agravar o quadro econômico já fragilizado.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) compartilhou da mesma preocupação, destacando que a elevação dos juros comprometerá o desenvolvimento sustentável da indústria e restringirá investimentos essenciais. A Firjan apontou a necessidade de uma reforma fiscal estruturada para reduzir a pressão das despesas obrigatórias e permitir investimentos em setores estratégicos. Sem essas reformas, o setor produtivo teme que a alta dos juros prolongue a perda de confiança e reduza a competitividade da indústria nacional.
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) também manifestou preocupação com os efeitos da medida, considerando que a elevação da Selic pode agravar a desaceleração econômica e afetar a geração de empregos e a arrecadação do governo. A Fiemg defendeu uma política monetária mais equilibrada, que limite o gasto público e incentive os investimentos produtivos, com o intuito de impulsionar a competitividade da indústria brasileira e fortalecer a economia como um todo.