A atividade industrial da China apresentou uma contração inesperada em janeiro, conforme indicou o Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial, que caiu para 49,1, abaixo da marca de 50 que separa crescimento de retração. Este desempenho é o mais fraco desde agosto do ano passado e veio abaixo das expectativas do mercado. A desaceleração foi acompanhada por um PMI não industrial, que também perdeu fôlego, registrando 50,2, um declínio em relação a dezembro.
Apesar de alcançar uma meta de crescimento de cerca de 5% para 2024, a economia chinesa enfrenta um cenário de desequilíbrio, com desempenho robusto nas exportações e produção industrial, mas com um mercado de consumo interno ainda enfraquecido e desemprego elevado. As autoridades chinesas prometem implementar mais estímulos ao longo de 2025, embora os analistas acreditem que o foco deva estar nas melhorias industriais e de infraestrutura, ao invés de um incentivo direto ao consumo, o que poderia exacerbar a superprodução e deflação.
Além disso, a economia chinesa ainda está sob pressão devido a questões externas, como a ameaça de tarifas impostas pelos Estados Unidos. Tais desafios destacam a complexidade da recuperação econômica da China e a necessidade de medidas que equilibrem o crescimento e o controle das pressões deflacionárias internas, sem comprometer a capacidade das fábricas e o consumo da população.