Em novembro de 2024, a indústria brasileira operava 1,8% acima do nível de produção registrado em fevereiro de 2020, antes da crise sanitária. De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11 das 25 atividades investigadas estavam com produção superior ao patamar pré-pandemia. Entre os setores que se destacaram positivamente estão outros equipamentos de transporte, máquinas e equipamentos, fumo e derivados do petróleo, com aumentos de 25,5%, 15,2%, 12,6% e 6,8%, respectivamente.
No entanto, alguns segmentos ainda enfrentam dificuldades para se recuperar. Entre as atividades que operam com níveis mais baixos em relação ao pré-crise estão móveis, vestuário e acessórios, manutenção e reparação de máquinas e equipamentos, couro e calçados, e produtos diversos. Esses setores apresentam quedas significativas, com variações negativas que chegam a 23% em móveis e 21,7% em vestuário e acessórios, evidenciando os desafios contínuos para certas indústrias.
Analisando as categorias de uso, a produção de bens de capital registrou um aumento de 11,6% em comparação a fevereiro de 2020, enquanto a produção de bens intermediários teve alta de 5,5%. Por outro lado, a produção de bens duráveis e semiduráveis e não duráveis ainda está abaixo do nível pré-pandemia, com quedas de 6,4% e 5,6%, respectivamente. Esses dados indicam um cenário de recuperação parcial, com setores mais resilientes e outros ainda em busca de recuperação total.