Em novembro de 2024, a produção industrial brasileira ainda estava 15,1% abaixo do pico alcançado em maio de 2011, conforme dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse desempenho reflete uma recuperação aquém do esperado desde os níveis mais elevados observados na década passada, indicando que a indústria nacional enfrenta desafios estruturais para retomar o crescimento.
O setor de bens de capital, que inclui equipamentos e máquinas destinados à produção, é um dos mais afetados, operando 26,9% abaixo do pico registrado em abril de 2013. Já os bens de consumo duráveis, como eletrodomésticos e veículos, apresentam um recuo de 29,9% em relação ao auge de março de 2011, refletindo uma desaceleração no consumo interno. Essas categorias têm sido impactadas por fatores econômicos como o desaquecimento da demanda e a alta da taxa de juros.
Por outro lado, os bens intermediários, utilizados na produção de outros produtos, estão 12,9% abaixo do nível máximo de julho de 2008, enquanto os bens semiduráveis e não duráveis apresentam um desempenho inferior em 14,1% quando comparados ao pico de junho de 2013. Esse quadro sugere uma recuperação lenta e desigual em diversos segmentos da indústria, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade do crescimento econômico no país nos próximos anos.