O índice de risco-país da Argentina apresentou uma queda significativa nesta terça-feira (7), alcançando seu menor nível desde maio de 2018. O indicador, que reflete a diferença de rendimento entre os títulos da dívida argentina e os dos Estados Unidos, caiu mais de 100 pontos base, chegando a 454. Esse movimento sinaliza uma maior confiança dos investidores na economia argentina, que tem mostrado sinais de recuperação após um período prolongado de recessão e dificuldades fiscais.
A melhoria no risco-país está diretamente ligada ao processo de estabilização econômica iniciado com as políticas adotadas pelo governo atual, que incluem medidas austeras de controle de gastos e corte de custos. Além disso, o país tem apresentado resultados positivos em sua balança comercial, com o superávit de novembro marcando o décimo segundo mês consecutivo de resultados favoráveis. Esses fatores contribuem para a crescente atratividade dos ativos argentinos para os investidores.
Outro fator relevante para a redução do risco-país foi o aumento das reservas internacionais, impulsionado por um acordo de recompra de US$ 1 bilhão com bancos estrangeiros e a expectativa de um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional. Essas ações são vistas como positivas para a solvência do país e ajudam a melhorar a percepção dos investidores sobre a dívida argentina, gerando um ambiente mais favorável para a economia local.