O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,11% em janeiro, pressionado principalmente pelo aumento dos preços de alimentos, de acordo com dados do IBGE. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do índice foi de 4,5%. Embora o aumento tenha sido inferior ao observado em dezembro (0,34%), a alta foi maior do que o esperado por analistas do mercado, que previam uma queda de 0,03% no mês.
O grupo Alimentação e Bebidas liderou a alta, com avanço de 1,06%, impulsionado pelo aumento nos preços de itens como tomate e café. Já o grupo de Transportes teve um aumento de 1,01%, com destaque para o preço das passagens aéreas, que subiram 10,25%. Por outro lado, a Habitação apresentou queda de 3,43%, devido à redução do preço da energia elétrica, refletindo a incorporação do Bônus de Itaipu nas faturas de janeiro.
O governo federal se mostrou preocupado com o impacto da alta dos preços dos alimentos e convocou reuniões para discutir possíveis medidas para reduzir esses custos. Entre as soluções em estudo estão ajustes no Programa de Alimentação do Trabalhador e a diversificação das culturas agrícolas para evitar dependência de uma única região. Entretanto, o ministro da Fazenda esclareceu que não há planos para subsidiar os preços ou utilizar o espaço fiscal para essas ações. A proposta de modernização das regras de validade dos alimentos também foi descartada pelo governo.