O Índice de Confiança do Consumidor (ICF), que mede a intenção de compra das famílias brasileiras, teve alta de 0,2% em janeiro de 2025, atingindo 104,9 pontos, embora tenha apresentado uma queda de 0,9% em comparação com o mesmo mês de 2024. Esse indicador, que vai de 0 a 200 pontos, indica satisfação quando está acima de 100 e insatisfação quando abaixo desse valor. Apesar da alta recente, a queda anual reflete desafios econômicos, com um destaque para as dificuldades de acesso ao crédito, que impactam negativamente o consumo.
A análise da Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que as famílias de maior renda e as mulheres foram mais cautelosas em relação ao consumo. As famílias com rendimentos superiores a 10 salários mínimos registraram uma retração de 0,2% na comparação mensal, enquanto as de menor renda apresentaram um pequeno avanço de 0,3%. A queda anual na intenção de consumo foi maior entre as mulheres (1,4%) do que entre os homens (0,4%), sendo atribuída principalmente às restrições de crédito e às incertezas sobre as perspectivas profissionais.
O indicador de “Momento para o Consumo de Bens Duráveis” registrou avanço de 1%, mas ainda aponta insatisfação, com 72,4 pontos. Embora o “Emprego Atual” tenha caído ligeiramente (-0,3%), continua sendo o subindicador mais bem avaliado, com 126,3 pontos, o que reflete uma confiança razoável no mercado de trabalho. Já a “Perspectiva Profissional” teve uma leve alta de 0,3%, embora tenha apresentado uma queda de 2,9% em relação a janeiro de 2024, com as mulheres enfrentando uma diminuição mais expressiva, o que reflete a cautela diante das dificuldades econômicas atuais.