O Índice Nacional de Confiança (INC), medido pela PiniOn para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), apresentou uma queda de 1% em janeiro, se comparado a dezembro, e uma redução de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O indicador, que alcançou 102 pontos, permanece em território otimista, acima de 100 pontos, apesar do declínio. A pressão nos preços dos alimentos foi destacada como um dos fatores principais para esse resultado, agravado pela aceleração da inflação e a desaceleração da atividade econômica, com reflexos no emprego e no endividamento das famílias.
A pesquisa, realizada com 1.679 famílias em diferentes regiões do Brasil, revelou que a confiança do consumidor variou de acordo com a localização geográfica e a classe socioeconômica. Enquanto o Centro-Oeste e o Nordeste mantiveram a estabilidade, o Norte e o Sudeste observaram quedas, enquanto o Sul registrou aumento na confiança. Entre as classes sociais, houve um retrocesso no índice das classes AB e C, enquanto as famílias das classes DE apresentaram uma leve recuperação.
As famílias demonstraram uma percepção negativa sobre sua situação financeira atual, além de uma visão mais pessimista em relação às expectativas futuras de emprego e renda. Isso se refletiu na redução da disposição para adquirir bens de maior valor, como imóveis e veículos, além de uma menor propensão a investir ou comprar itens duráveis. Apesar da retração observada, o índice ainda aponta um otimismo cauteloso, o que indica que, embora a confiança tenha diminuído, o cenário não é totalmente desfavorável.