O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou uma queda de 1,9 ponto porcentual de dezembro para janeiro, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Embora a percepção sobre os negócios correntes no setor de Edificações tenha melhorado, as empresas de Instalações, que fazem parte dos Serviços Especializados, ficaram mais pessimistas, o que impactou negativamente o índice consolidado. A coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, destacou que o ambiente para os próximos meses será desafiador, com as empresas se mostrando mais céticas quanto à demanda futura.
A queda do ICST foi refletida em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA-CST), que recuou 0,4 ponto, e o Índice de Expectativas (IE-CST), que apresentou uma redução mais acentuada de 3,3 pontos. O menor desempenho no ISA-CST foi impulsionado pelo retrocesso no volume de carteira de contratos, enquanto a situação atual dos negócios registrou ligeira melhora. Já o IE-CST sofreu quedas em seus componentes, com a previsão de demanda para os próximos três meses e a tendência dos negócios para os próximos seis meses, ambos apresentando perdas expressivas.
Apesar da retração nos índices de confiança e de expectativas, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção subiu 0,3 ponto, atingindo 79,2%. No entanto, o Nuci de Mão de Obra teve uma leve queda, enquanto o Nuci de Máquinas e Equipamentos avançou 1,1 ponto, o que indica certa recuperação no uso desses recursos. Esses dados sugerem que, embora o cenário seja de cautela, há indícios de que a capacidade de produção no setor ainda está em operação, apesar das incertezas econômicas.