Nos últimos anos, o Aeroporto Nacional Reagan, em Washington, tem registrado uma série de incidentes envolvendo helicópteros e aviões de passageiros, o que levanta preocupações sobre a segurança no local. Em pelo menos três ocasiões, aviões tiveram que realizar manobras evasivas para evitar colisões com helicópteros que operavam nas proximidades. Em uma dessas situações, um piloto relatou que o sistema de prevenção de colisões alertou a tripulação sobre um helicóptero a cerca de 90 metros abaixo da aeronave, forçando uma mudança de trajetória. Outros relatos apontam a proximidade perigosa entre helicópteros militares, o que também gerou riscos de acidentes.
Esses incidentes vêm à tona após uma colisão fatal envolvendo um avião de passageiros e um helicóptero de treinamento, que resultou em dezenas de mortes. Além disso, as autoridades estão investigando se a falta de pessoal na torre de controle do aeroporto e a complexidade do espaço aéreo contribuem para o aumento desses quase acidentes. Especialistas destacam que a região de Washington é um espaço aéreo extremamente congestionado, com muitas aeronaves operando simultaneamente, incluindo helicópteros governamentais e militares, além de voos comerciais.
Embora algumas medidas de segurança tenham sido discutidas, como a separação dos tráfegos de helicópteros e aviões, ainda não está claro se houve mudanças efetivas nas políticas ou nas práticas de controle aéreo no aeroporto. A situação gera apreensão quanto à possibilidade de novos incidentes, e a falta de uma equipe adequada para supervisionar todas as operações de voo é um fator agravante. O tema ganha relevância diante da tragédia recente e das investigações em andamento sobre as causas desses quase acidentes e suas consequências.