Os incêndios devastadores na costa oeste dos Estados Unidos, especialmente em Los Angeles, causaram danos estimados entre US$ 52 e US$ 57 bilhões. Iniciados em 7 de janeiro, as chamas se espalharam rapidamente, atingindo uma área de 6.900 hectares até o dia 9, tornando-se um dos maiores desastres florestais da história da cidade. Além das destruições físicas, como casas e infraestrutura, o impacto ambiental e econômico da tragédia foi imenso, com o fogo consumindo vastas áreas e colocando em risco milhares de vidas.
A intensidade e a rapidez da propagação dos incêndios podem ser atribuídas a vários fatores. Primeiro, o crescimento acelerado da vegetação devido a chuvas intensas em 2024, associadas ao fenômeno El Niño, criou um excesso de combustível, que se secou rapidamente, aumentando o risco de incêndio. Além disso, os ventos fortes de Santa Ana, secos e quentes, espalharam as chamas por grandes distâncias, muitas vezes levando brasas a novos locais e causando incêndios em pontos distantes da origem. Esses ventos, com velocidades superiores a 160 km/h, criaram condições extremamente favoráveis para a expansão descontrolada dos focos.
Outro fator crucial foi a topografia acidentada da região, com suas colinas e desfiladeiros que dificultaram tanto a contenção do fogo quanto a evacuação dos moradores. A combinação dessas condições naturais com o agravamento das mudanças climáticas, que resultam em climas mais extremos e períodos de seca prolongados, contribuiu para a gravidade do desastre. Embora ainda seja cedo para avaliar totalmente o impacto das mudanças climáticas neste evento específico, especialistas alertam que fenômenos como esses tendem a se intensificar, tornando os incêndios cada vez mais frequentes e devastadores.