Os incêndios florestais em Los Angeles, impulsionados por fortes ventos, geraram grandes destruições e forçaram a evacuação de mais de 150 mil pessoas. Dois óbitos foram registrados, e o presidente Joe Biden decretou estado de emergência na região. Imagens de satélite mostram o impacto devastador em áreas como Altadena e Pacific Palisades, com diversas edificações e comércios consumidos pelas chamas. A situação reflete a intensidade do desastre, que se estende por uma área maior que o habitual para o mês de janeiro, na Califórnia.
O incêndio, que representa o pior desastre florestal da história de Los Angeles, ocorre em um cenário climático complexo. A região enfrentou chuvas intensas entre 2022 e 2023, que aumentaram a vegetação e, consequentemente, a vulnerabilidade ao fogo. A seca extrema que se instalou em 2024 e as altas temperaturas acima da média para a época colaboraram para o agravamento da situação, tornando a vegetação ainda mais propensa às chamas. A combinação desses fatores tem gerado incêndios fora de época, que ocorrem em um período incomum de inverno.
Nos últimos anos, a Califórnia tem sido atingida por incêndios de grandes proporções, mas a devastação recente é sem precedentes para o mês de janeiro. Estima-se que a área consumida pelas chamas já ultrapasse o dobro da média histórica para este período, refletindo a severidade dos eventos climáticos e os efeitos das mudanças climáticas. As autoridades locais seguem trabalhando para controlar o fogo e auxiliar as vítimas, que continuam sendo reassentadas em locais temporários.