Os incêndios florestais em Los Angeles têm causado danos devastadores, com mais de 130 mil pessoas deslocadas e 2 mil edifícios destruídos. Pelo menos cinco pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. As causas incluem ventos extremamente fortes, seca prolongada e mudanças climáticas, que juntas formaram uma tempestade perfeita para a propagação do fogo. A prefeita da cidade, Karen Bass, destacou que os ventos históricos de Santa Ana, com velocidade de até 161 km/h, dificultaram o controle das chamas. Em algumas áreas, como Hollywood Hills, os bombeiros afirmam que não há chance de conter o desastre.
A estratégia para combater o fogo ficou comprometida pela escassez de recursos, com os bombeiros dependendo exclusivamente do sistema de hidrantes urbanos, já que os meios aéreos não puderam ser utilizados devido à intensidade dos ventos. Embora a cidade tenha um sistema de abastecimento de água adequado para incêndios urbanos, ele não é suficiente para grandes incêndios florestais, como foi o caso desta vez. Os hidrantes rapidamente ficaram sem água, tornando o combate ainda mais difícil.
Além dos ventos fortes, outro fator crítico foi a seca severa, que favoreceu o acúmulo de vegetação seca e altamente inflamável. O fenômeno climático conhecido como “chicote climático”, que resulta de mudanças abruptas entre períodos de chuvas fortes e secas extremas, tem contribuído para a intensificação dos incêndios na Califórnia. Especialistas apontam que as mudanças climáticas estão exacerbando essa tendência, tornando os incêndios cada vez mais frequentes e destrutivos na região.