O incêndio em Pacific Palisades, na costa entre Malibu e Santa Monica, tornou-se o mais devastador na história do Condado de Los Angeles, destruindo mais de mil estruturas e consumindo mais de 15.800 acres de terra. O fogo, que começou na terça-feira (7), segue fora de controle, com 0% de contenção, e representa uma das maiores ameaças entre os seis incêndios ativos na região. As altas temperaturas, ventos fortes e a vegetação seca, exacerbados por condições climáticas extremas relacionadas às mudanças climáticas, contribuíram para a propagação do incêndio.
O impacto foi amplo, com celebridades e moradores da área evacuando suas residências, especialmente em áreas de alto risco como as montanhas de Santa Monica. Além das perdas materiais, o incêndio já causou ao menos cinco mortes, além de feridos. A cidade de Los Angeles declarou estado de emergência, com cerca de 150 mil pessoas sob risco de desocupação de suas casas. A situação levou à intervenção federal, com a declaração de grande desastre pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Especialistas, como o cientista climático Daniel Swain, alertam que o incêndio pode se tornar o mais caro já registrado na Califórnia e nos Estados Unidos. O calor extremo e as condições de seca intensificadas pela mudança climática transformam a região em um ambiente propício para incêndios florestais de grandes proporções, que têm afetado cada vez mais a segurança e a infraestrutura da área metropolitana de Los Angeles.