De acordo com levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os impostos sobre itens da lista de material escolar podem chegar a até 52% do valor dos produtos, impactando diretamente o preço final dos itens e toda a cadeia de distribuição. O estudo, realizado com dados do Impostômetro, aponta que a caneta lidera o ranking de produtos mais taxados, com uma carga tributária de 51,7%. Outros itens, como calculadora (43,43%), régua (43,91%), tesoura (41,47%) e caderno (34,58%), também têm altas taxas de tributação.
Embora a carga tributária ainda seja elevada, a ACSP destaca que houve uma leve redução média em relação ao ano anterior, resultado de algumas desonerações. No entanto, os efeitos dessa carga ainda são sentidos pelos consumidores, especialmente pelos pais que precisam comprar esses materiais para o início do ano letivo. O economista Ulisses Ruiz de Gamboa, da ACSP, explica que a alta tributação afeta o bolso das famílias e a dinâmica do mercado de materiais escolares.
Para reduzir os impactos financeiros, o economista recomenda que os pais adotem estratégias de compra mais cuidadosas. Entre as sugestões estão a realização de pesquisas de mercado e a comparação de preços antes de efetuar a compra, além da antecipação na aquisição de alguns itens, mesmo antes de receber a lista oficial. Essas ações podem ajudar a minimizar os custos e evitar surpresas no orçamento familiar no início do ano escolar.