A semana passada foi marcada por uma votação decisiva no Conselho Deliberativo do Corinthians, que aprovou a abertura do processo de impeachment de seu presidente, Augusto Melo. Apesar das tensões e ameaças de apoiadores do mandatário, o Conselho aprovou a destituição com 126 votos favoráveis contra 114. A oposição já se articula para o futuro sem Melo, enquanto o presidente afirma que se trata de um golpe contra sua gestão. A próxima reunião do Conselho Deliberativo ainda não tem data definida, mas a possibilidade de novos desdobramentos sobre a gestão temerária é um ponto central na disputa.
O avanço do impeachment depende da maioria simples dos 302 membros do Conselho Deliberativo, o que significaria o afastamento de Augusto Melo, deixando o primeiro vice-presidente, Osmar Stábile, no comando do clube. O afastamento temporário do presidente poderia criar um cenário favorável à oposição, que acredita que novas irregularidades possam surgir enquanto o novo grupo tenha acesso à administração do clube. A expectativa também gira em torno da conclusão do inquérito policial relacionado ao caso Vai de Bet, que pode influenciar o processo de impeachment.
Nos bastidores, o nome de Osmar Stábile surge como possível sucessor de Augusto Melo, embora haja questões políticas que envolvem sua candidatura. O grupo político de Osmar, que não conseguiu eleger uma chapa nas últimas eleições do Conselho, se articula para uma eventual candidatura em caso de novas eleições. No entanto, a postura do empresário e seu envolvimento com figuras públicas polêmicas levantam questionamentos dentro do clube, apesar de não serem vistas como um obstáculo definitivo para sua ascensão à presidência.