O impacto da presidência de Donald Trump sobre o Brasil é amplo e afeta diversas áreas, incluindo a política comercial, as relações internacionais e questões internas. No comércio, as exportações brasileiras para os Estados Unidos até o momento não sofreram grandes barreiras tarifárias, mas o futuro desse cenário é incerto, especialmente com a possibilidade de novos ajustes nas tarifas comerciais, como anunciado por Trump em relação à China. A geopolítica também apresenta desafios, pois Trump vê a China como um grande inimigo, enquanto o Brasil, como líder do grupo dos Brics, mantém estreitos laços com o país asiático. Essa tensão coloca o Brasil em uma posição delicada em suas relações com Washington.
Além disso, Trump tem se aproximado das grandes empresas de tecnologia, o que gera repercussões para o Brasil, que discute a regulação de plataformas digitais, especialmente no Judiciário. O presidente americano também retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, enquanto o Brasil se prepara para sediar a COP 30, uma conferência focada em mudanças climáticas. A postura de Trump coloca em dúvida como o Brasil, que tem se posicionado como defensor de políticas ambientais mais rígidas, lidará com esse contraste em sua política externa.
Internamente, o governo brasileiro enfrenta desafios relacionados à polarização política, especialmente diante de uma oposição que encontra inspiração na vitória de Trump. Isso inclui questões sobre liberdade de expressão e a relação com o Supremo Tribunal Federal, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro. Por enquanto, não há respostas definitivas sobre como o Brasil reagirá a essas influências externas, que seguem sem um encaminhamento claro.