A decisão de Israel de proibir as atividades da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) em Gaza e outras áreas palestinas gerou grandes preocupações entre os refugiados que dependem da ajuda da organização. Iman Helles, uma mãe deslocada que vive em um abrigo da UNRWA em Gaza, expressou seu temor de ser forçada a abandonar seu lar e não ter recursos para sustentar seus filhos. A UNRWA tem sido crucial para milhões de palestinos, oferecendo assistência humanitária, educação e cuidados de saúde, principalmente em Gaza, onde a população enfrenta graves dificuldades devido ao conflito.
A proibição foi oficialmente implementada após a aprovação de uma legislação pelo parlamento israelense, que também proíbe qualquer contato entre autoridades israelenses e a agência. A medida ocorre após ataques de militantes palestinos ao território israelense em outubro de 2023, quando o governo israelense acusou alguns funcionários da UNRWA de envolvimento. Embora uma investigação da ONU tenha sugerido que uma pequena fração dos funcionários da UNRWA poderia ter se envolvido em atividades militares, a organização refutou as acusações, alegando que não havia evidências concretas para sustentar tais alegações.
Além dos impactos diretos para os refugiados, a medida também levanta questões sobre a segurança e a eficácia de outras agências humanitárias em Gaza. A UNRWA alertou que sua substituição por outras organizações da ONU, como o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a UNICEF, não será suficiente para suprir as necessidades dos palestinos. A segurança dos trabalhadores da UNRWA também é uma preocupação, dado o número crescente de vítimas entre seus funcionários devido ao conflito armado. A situação permanece tensa, com os refugiados temendo um agravamento das condições de vida no território palestino.