Lucas Amaral, um pintor brasileiro que vivia nos Estados Unidos há sete anos com visto de turismo, foi detido em uma blitz de imigração em Massachusetts. Embora nunca tenha cometido crimes, Lucas estava em situação irregular no país, o que o tornou alvo das operações intensificadas do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas), desde a presidência de Donald Trump. A detenção de Lucas é um exemplo de “dano colateral”, uma situação em que indivíduos sem antecedentes criminais são detidos, apesar de o foco das operações ser o combate à migração ilegal de criminosos.
A família de Lucas, que viveu de forma tranquila nos Estados Unidos, agora enfrenta incertezas. Sua esposa, Suyanne, que também é imigrante sem documentos, se encontra grávida e temendo pela separação da família. O caso de Lucas põe em dúvida a narrativa de que o governo de Trump visa apenas deportar criminosos. Mesmo sem antecedentes criminais, Lucas é alvo da política de deportação, que busca reduzir a presença de imigrantes sem documentos, um processo que tem causado medo entre comunidades de imigrantes, especialmente os brasileiros.
Atualmente, Lucas aguarda uma decisão judicial sobre sua soltura mediante fiança, enquanto sua família se prepara para o pior, sem saber se ele será deportado ou se poderá permanecer no país. O processo envolve uma complexa batalha legal, com a advogada defendendo que ele não apresenta risco de fuga ou perigo para a sociedade. Em um contexto de políticas migratórias cada vez mais rigorosas, a situação de Lucas reflete o crescente pânico de imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos, que enfrentam constantes ameaças de deportação e o risco de serem separados de suas famílias.