O imigrante hondurenho Alex Díaz, que teve seu pedido de asilo negado após a intensificação das medidas de segurança na fronteira pelos EUA, está considerando atravessar a fronteira ilegalmente. Díaz, que havia inicialmente evitado rotas clandestinas, agora avalia pagar 7.000 dólares a contrabandistas para chegar aos Estados Unidos, enfrentando o dilema entre o risco das rotas perigosas e o desejo de alcançar o “sonho americano”. O endurecimento das políticas de imigração no governo de Donald Trump, aliado às restrições implementadas por Joe Biden, tem levado a um aumento das rotas ilegais e mais caras.
As mudanças nas políticas de imigração, incluindo o fechamento de programas como o CBP One, que permitia agendamentos para solicitação de asilo, dificultaram o acesso legal dos imigrantes à fronteira. Agora, muitos imigrantes enfrentam opções mais arriscadas e caras, como o uso de contrabandistas que os conduzem por caminhos isolados e perigosos. A repressão à imigração promovida pelo governo de Trump aumentou ainda mais a pressão sobre os imigrantes, que buscam alternativas para entrar nos Estados Unidos.
Com o aumento das travessias ilegais, a fiscalização na fronteira se intensificou, e as autoridades locais esperam um aumento na criminalidade associada ao tráfico de pessoas. Agentes de segurança e investigadores alertam para o uso de rotas mais perigosas, que podem resultar em mais mortes entre os imigrantes, além de sobrecarregar os recursos das patrulhas de fronteira. A complexidade da situação migratória se acentua com a combinação das políticas de Trump e Biden, criando um cenário incerto para aqueles que tentam alcançar uma vida melhor nos EUA.