A Polícia Civil de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, investiga um caso de identidade falsa que perdura há 58 anos, envolvendo um homem de 74 anos que se passava pelo filho de um ex-patrão falecido desde 2013. O suspeito afirmou, em depoimento, que não sabia como seus documentos estavam em nome de outra pessoa e nunca percebeu a irregularidade por ser analfabeto. Ele usava esses documentos há muito tempo sem questioná-los, e, devido à sua condição de analfabetismo, não tinha consciência de que estava vivendo sob outra identidade.
O caso foi descoberto quando o idoso procurou o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para reclamar sobre a suspensão do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ao apresentar seus documentos, ele entregou sua certidão de óbito, o que chamou a atenção dos funcionários do Cras. A Guarda Municipal foi acionada, e, durante a investigação, foi revelado que o homem se passou por outra pessoa desde 1966, quando trabalhava em uma fazenda, e registrou 12 filhos sob o nome de outra pessoa.
O idoso também foi preso em 2018 por tentativa de homicídio, ainda usando documentos falsificados. As autoridades investigam se ele cometeu falsidade ideológica e uso de documento falso. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, responsável pelo BPC, não forneceu detalhes sobre o caso devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As investigações continuam, e o suspeito pode ser responsabilizado por suas ações.