Francisco Martins da Nóbrega, de 86 anos, foi internado em um hospital particular em Palmas após apresentar sintomas de agitação, mas acabou recebendo uma dose errada de um medicamento. Em vez de meia ampola do remédio Haldol Depot, ele recebeu uma ampola e meia, o que resultou em efeitos adversos como sonolência extrema e perda de autonomia. A família relatou que o idoso agora não consegue andar, falar, se alimentar ou beber sozinho, e que precisou contratar uma cuidadora para auxiliá-lo dentro do hospital.
A situação persiste há mais de dez dias, com o idoso totalmente dependente de cuidados, e a família expressou preocupação com os impactos a longo prazo, como a perda de massa muscular e a redução da capacidade de equilíbrio. Além disso, o hospital se recusou a arcar com os custos da cuidadora, argumentando que o contrato do paciente não cobre esse tipo de serviço. A filha de Francisco, que teve que tirar licença do trabalho para cuidar dele, também relatou que o hospital assumiu apenas parcialmente a responsabilidade pela falha no atendimento.
O hospital Unimed Palmas informou que está investigando o caso, enquanto o Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins afirmou que tomará as devidas providências caso a denúncia seja formalizada. A situação levantou questões sobre a qualidade do atendimento e a responsabilidade das instituições de saúde em casos de erro médico, especialmente quando isso resulta em danos significativos para os pacientes.