Uma idosa de 103 anos passou por uma amputação do pé em sua residência, realizada por uma enfermeira contratada pela família. O procedimento foi realizado sem o uso de anestesia, com o uso de um bisturi inadequado, em dezembro de 2024. A paciente, que era cega e acamada, estava com necrose na área afetada. Após o ocorrido, uma testemunha denunciou o fato às autoridades, e o caso foi encaminhado à Polícia Civil, que iniciou as investigações sobre as circunstâncias do procedimento.
A polícia identificou que, apesar da situação de saúde da idosa, havia uma orientação médica para cuidados paliativos, o que poderia ter levado a uma amputação natural. No entanto, a realização do procedimento de forma inadequada, em casa e sem anestesia, gerou questionamentos sobre a conduta da enfermeira envolvida. O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal também se manifestou contra a prática, ressaltando que tal procedimento não é de competência do profissional de enfermagem.
O caso segue sob investigação, com a Polícia Civil realizando diligências para apurar se houve negligência ou violação das normas profissionais. A idosa está recebendo acompanhamento médico e continua internada. A situação gerou um debate sobre as responsabilidades dos profissionais de saúde em contextos domiciliares e a necessidade de garantir a dignidade e segurança dos pacientes, especialmente os mais vulneráveis.