O Ibovespa teve alta de 1,26% nesta segunda-feira, retornando aos 120 mil pontos, impulsionado pela expectativa de que o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, adote políticas tarifárias mais moderadas do que o inicialmente previsto. Essa perspectiva foi reforçada por uma reportagem do The Washington Post, que indicava que Trump poderia adotar tarifas universais apenas para importações críticas. Embora Trump tenha refutado a informação, o mercado manteve sua postura otimista, o que também contribuiu para a queda do dólar e das taxas de DI no Brasil.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou mudanças no regime cambial ou aumento de impostos para conter a saída de dólares, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre as ações em destaque, os papéis do setor bancário tiveram bom desempenho, com o Itaú Unibanco liderando as altas. O BTG Pactual também se destacou, com a expectativa de que a empresa anunciará a compra de uma unidade do banco suíço Julius Baer. O mercado também reagiu positivamente às mudanças na carteira teórica do Ibovespa, com a entrada de ações da Marcopolo e Porto Seguro.
No setor de commodities, as ações de Vale e Petrobras fecharam em queda, refletindo a desvalorização do minério de ferro e do petróleo Brent. No entanto, o setor de energia teve bons resultados, com destaque para a Eneva, que subiu após mudanças nas regras de leilões do setor. Já as ações da Azul e Gol dispararam, impulsionadas por acordos para a renegociação de dívidas com o governo. O volume financeiro do pregão foi de 19,32 bilhões de reais, com a nova carteira do Ibovespa entrando em vigor até maio.