O Ibovespa interrompeu uma sequência de três dias consecutivos de queda e avançou para o maior nível de fechamento desde 12 de dezembro, alcançando os 124 mil pontos. O índice da B3 subiu 1,97%, com destaque para o forte desempenho de ações de grandes empresas financeiras, como Banco do Brasil, Itaú e Bradesco. Em janeiro, o índice acumula uma valorização de 3,81%, projetando o primeiro desempenho positivo desde agosto de 2024. O volume financeiro da sessão atingiu R$ 23 bilhões, refletindo a confiança dos investidores em ações domésticas, especialmente em setores sensíveis à taxa de juros, como o varejo.
Apesar do desempenho positivo no Brasil, os mercados norte-americanos apresentaram perdas consideráveis, especialmente nas ações do setor de tecnologia. O mercado foi impactado pela divulgação de uma nova inteligência artificial chinesa que concorre com o ChatGPT, o que gerou uma correção no setor. A notícia afetou negativamente as ações de empresas como WEG, que viu uma queda significativa, refletindo a preocupação sobre a concorrência estrangeira e os possíveis impactos na demanda por produtos tecnológicos no Brasil.
O cenário no mercado de tecnologia nos Estados Unidos desviou a atenção dos investidores, que buscaram segurança nos títulos do Tesouro americano, resultando em queda nos rendimentos desses papéis. No entanto, a Bolsa brasileira conseguiu se descolar das perdas internacionais, com o apoio das ações de Vale, Petrobras e dos principais bancos do país. A análise técnica sugere que a recuperação do Ibovespa pode continuar no curto prazo, sinalizando um possível fortalecimento do mercado brasileiro diante da volatilidade externa.