O Ibovespa teve dificuldades em avançar durante a primeira hora do pregão de sexta-feira, 13, impactado por um cenário internacional de baixo humor, com alta nas commodities e alívio nos juros futuros. Após um fechamento negativo de 0,77% na sexta-feira, o índice ficou na menor pontuação em mais de um ano, com poucas movimentações internas devido ao recesso parlamentar e a agenda externa mais ativa, como a divulgação de indicadores econômicos no exterior. A incerteza fiscal no Brasil e os riscos relacionados aos juros americanos continuam a ser os principais fatores de atenção para os investidores.
A expectativa é alta para a divulgação de dados de inflação dos EUA, especialmente o CPI, previsto para quarta-feira, 18. No Brasil, a inflação já superou a meta de 4,5%, o que fez o Banco Central revisar para cima as previsões do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). As estimativas para 2025 e 2026 apontam para uma inflação ainda elevada, o que reforça as preocupações fiscais e a necessidade de ações do governo para reduzir os gastos públicos, dado o déficit fiscal crescente.
No mercado de commodities, o minério de ferro teve alta de 1,8% em Dalian, na China, mas as ações da Vale sofreram queda, refletindo as incertezas sobre o crescimento econômico chinês. Já as ações da Petrobras avançaram devido à alta do petróleo, que subiu entre 1,20% e 1,66%. O Ibovespa, por sua vez, manteve-se praticamente estável, com uma leve alta de 0,06%, permanecendo na faixa dos 118 mil pontos.
