O Ibovespa apresentou uma queda de 0,65% no fechamento desta terça-feira, 28, após ter subido quase 2% no dia anterior. O índice oscilou entre 123.972,72 e 124.880,76 pontos, encerrando aos 124.055,50 pontos. O volume de negócios caiu para R$ 16,3 bilhões, com destaque para a volatilidade de ações de grandes empresas como Vale e Petrobras, que registraram perdas. Enquanto os bancos mostraram um desempenho misto, o setor de mineração e siderurgia se destacou negativamente, impactado por uma possível tarifa nos Estados Unidos e uma previsão de menor demanda por minério e aço na China.
O mercado também acompanhou de perto o comportamento do dólar, que caiu 0,74%, fechando a R$ 5,8696. Esse movimento reflete, em parte, a expectativa em torno das decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil. O Federal Reserve deve interromper a sequência de cortes de juros, enquanto o Banco Central brasileiro deve anunciar mais um aumento de 100 pontos-base na Selic. Esse cenário pode impactar o câmbio, mantendo o real desvalorizado em relação ao dólar, especialmente em um momento de recuperação parcial dos mercados globais após perdas significativas de empresas de tecnologia nos EUA.
A atenção do mercado se volta para as possíveis implicações das decisões de política monetária, com o foco na sinalização de novas medidas para controlar a inflação e no ritmo de aumento da Selic no Brasil. O cenário também é afetado pela crescente volatilidade dos mercados acionários e pelo surgimento de novos concorrentes no setor de inteligência artificial, como a startup DeepSeek, que desafia o domínio das grandes empresas tecnológicas americanas. O mercado segue cauteloso, avaliando o impacto dessas mudanças nas economias globais e nos mercados financeiros.