O Ibovespa iniciou a semana em alta, conseguindo recuperar os 120 mil pontos que havia perdido na sexta-feira anterior. A recuperação foi impulsionada por um ajuste técnico nos preços, com mais de 80% das ações da carteira teórica registrando alta, em um cenário de queda dos juros futuros e do dólar. As ações cíclicas e do setor financeiro destacaram-se, embora as grandes empresas como Vale e Petrobras tenham registrado quedas, refletindo a movimentação das suas respectivas commodities.
Analistas apontam que a alta do índice é mais um movimento de repique, relacionado a ajustes de preços do que a fatores econômicos profundos. A falta de novidades relevantes no cenário fiscal interno, devido ao recesso do Congresso, também contribuiu para esse cenário. Por outro lado, uma notícia sobre uma possível postura menos agressiva do presidente eleito dos Estados Unidos em relação às tarifas comerciais gerou otimismo, especialmente no mercado de câmbio.
O fortalecimento do real ajudou a reduzir as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), favorecendo ações ligadas ao ciclo econômico, como as de companhias aéreas e varejo. Apesar da recuperação, as ações dos bancos, como o Itaú, lideraram os ganhos do Ibovespa, refletindo um movimento de recuperação mais robusto. No fechamento, o índice registrou uma alta de 1,26%, atingindo 120.021,52 pontos, com volume financeiro de R$ 19 bilhões, ainda abaixo da média diária.