O Ibovespa iniciou o pregão desta quinta-feira, 9, com uma movimentação indefinida, sem a influência das bolsas norte-americanas, que estão fechadas em razão do funeral do ex-presidente Jimmy Carter. A liquidez no mercado continua reduzida, o que limita as oscilações, e o giro financeiro na B3 foi de R$ 19,4 bilhões. O foco dos investidores se volta para discursos de membros do Federal Reserve e para a China, onde expectativas de estímulos à economia surgem após dados de inflação abaixo das expectativas. O índice chegou a atingir 119.911 pontos, com algumas ações sensíveis a juros mostrando ganhos, como Vale e Petrobras, impulsionadas pela valorização do minério de ferro e do petróleo.
Entretanto, o cenário econômico nos Estados Unidos continua sendo marcado pela preocupação com a inflação, conforme indicado pela ata do Fed, o que pressiona o dólar e mantém desafios fiscais no Brasil. No mercado chinês, a taxa de inflação ao consumidor desacelerou para 0,1% em dezembro, sugerindo pressões deflacionárias persistentes. No Brasil, o mercado ainda digere os dados de vendas do varejo, que vieram abaixo das expectativas, reforçando a visão de desaceleração econômica. Apesar disso, as ações de empresas sensíveis ao ciclo econômico, como as do setor automotivo, lideraram os ganhos no índice.
O movimento de juros futuros tem dado impulso para algumas ações, mas as perspectivas para o curto prazo continuam cautelosas. Expectativas de aumento da taxa Selic nos próximos meses, conforme projeções da Fundação Getulio Vargas, mantêm o mercado tenso, especialmente em meio ao hiato do produto elevado. O Ibovespa registrava ligeira queda às 11h07, com destaque para Magazine Luiza e MRV, que apresentaram perdas mais expressivas. O cenário local de incertezas políticas e fiscais ainda limita qualquer recuperação mais robusta do índice, apesar das medidas recentes de contenção fiscal.