O Ibovespa, após três dias consecutivos de altas, apresentou um desempenho restrito nesta quarta-feira, com uma variação de apenas 940 pontos entre a mínima e a máxima da sessão. O índice terminou com uma leve queda de 0,30%, aos 122.971,77 pontos, mesmo com um aumento no volume financeiro, que chegou a R$ 19,2 bilhões. No acumulado de janeiro, o Ibovespa apresenta uma alta de 2,24%, superando a queda de 4,79% registrada no mesmo mês do ano passado.
O fluxo de capital externo tem contribuído para essa recuperação, com um ingresso de R$ 3,725 bilhões na B3 até o dia 20. Esse movimento positivo, combinado com a atuação do Banco Central, tem ajudado a conter pressões sobre o câmbio, o que se refletiu na queda do dólar, que fechou a R$ 5,9465, abaixo da linha psicológica de R$ 6. Esse comportamento do câmbio também é influenciado pela ausência de medidas protecionistas do governo Trump, que, até o momento, não afetaram diretamente o Brasil, embora existam expectativas sobre tarifas futuras para a China.
No mercado de ações, o viés de baixa predominou, com destaque para quedas nas ações da Vale e Bradesco, refletindo um dia negativo para o minério de ferro na China e o setor bancário. No entanto, algumas ações se destacaram na ponta positiva, como as de Azul, CVC e LWSA. O mercado permanece atento aos próximos movimentos da política monetária dos Estados Unidos e aos dados fiscais brasileiros, que continuam sendo fatores de risco para o real no curto prazo. A agenda doméstica segue sem grandes novidades, com os investidores aguardando a participação de Trump no Fórum de Davos e a reunião do Copom na próxima semana.