O Ibovespa encerrou o pregão desta terça-feira com uma leve queda de 0,50%, refletindo a expectativa e a reação dos investidores à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos. Durante a maior parte do dia, o índice operou próximo da estabilidade, mas o cenário se alterou após a decisão do Fed de manter a taxa de juros inalterada na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. Após o anúncio, a B3 seguiu a tendência de perdas observada nos índices de Nova York, com destaque negativo para Petrobras e os grandes bancos, que sofreram desvalorizações. Em contrapartida, ações como Petz e RD Saúde apresentaram altas.
O mercado teve um movimento mais moderado, com nenhum setor ou ativo se destacando significativamente em termos de performance. A expectativa era de que a reunião do Fed não trouxesse surpresas, especialmente em relação à taxa de juros, e o cenário de alta inflação e baixo desemprego nos EUA continuou a pesar nas análises. Além disso, a expectativa de um eventual corte nas taxas de juros nos EUA em 2025 gerou um certo nível de incerteza, refletindo-se nas oscilações das bolsas. A Petrobras, em sua reunião de 2025, discutiu a estratégia de preços, que já estava alinhada com o planejamento para 2024, mas o impacto da defasagem no preço de paridade de importação também trouxe desafios para a empresa.
O presidente do Fed, Jerome Powell, fez observações durante a coletiva que suavizaram momentaneamente o impacto negativo, ao afirmar que a política monetária dos EUA está bem posicionada para controlar a inflação. O mercado reagiu a esses comentários, que reforçaram a confiança de que as medidas tomadas até o momento eram eficazes. No Brasil, o Copom se prepara para anunciar a decisão sobre a Selic, com uma alta já precificada para 13,25% ao ano, e o mercado espera um posicionamento claro sobre o compromisso do Banco Central com o controle da inflação.