O Ibovespa registrou uma leve queda de 0,61% no último pregão de janeiro, encerrando o mês aos 126.134,94 pontos. Apesar disso, o índice acumulou um ganho de 4,86% no mês, após uma recuperação significativa em relação à queda de 4,79% registrada em janeiro de 2024. O desempenho foi impulsionado pela alta das ações da Petrobras, que reagiram positivamente ao anúncio de reajuste no preço do diesel, mas o impacto foi ofuscado pela fraca performance de setores como bancos e mineração. As tensões comerciais internacionais, especialmente em relação às exportações da China para os Estados Unidos, também afetaram negativamente o mercado.
Em termos de desempenho setorial, os papéis de bancos, como Itaú e Bradesco, apresentaram perdas, assim como as ações de empresas do setor metálico, com destaque para Gerdau Metalúrgica, que teve uma queda superior a 4%. Apesar desses desafios, o mês de janeiro representou o primeiro avanço do índice desde agosto de 2024, sendo considerado um alívio após o difícil final de ano. A percepção de risco sobre emergentes, incluindo o Brasil, ainda pesa sobre o mercado, e muitos analistas alertam que o otimismo recente pode ser passageiro.
As expectativas para o curto prazo, no entanto, ficaram mais positivas, com 50% dos participantes do Termômetro Broadcast Bolsa prevendo alta do Ibovespa, em contraste com a previsão de estabilidade registrada anteriormente. Em termos de câmbio, o real se valorizou frente ao dólar, que fechou o mês a R$ 5,83, após uma perda de 5,56%. Em dólar, o Ibovespa também subiu, embora ainda esteja abaixo dos níveis de outubro de 2024. O cenário permanece incerto, com analistas destacando que o Brasil precisa resolver questões fiscais e econômicas para que a recuperação seja sustentada.