O Ibovespa continuou sua trajetória de alta nesta terça-feira, refletindo o otimismo observado na véspera, quando o principal índice da B3 subiu 1,26%, encerrando em 120.021,52 pontos. A alta foi impulsionada por relatos sobre uma possível abordagem mais moderada do governo norte-americano em relação a medidas protecionistas, embora essas informações tenham sido negadas posteriormente pelo presidente eleito dos EUA. Além disso, a queda do dólar, que chegou a R$ 6,036 durante o dia, favoreceu o cenário doméstico, enquanto os juros mantiveram um viés de baixa.
Especialistas apontam que os recentes movimentos de alta no Ibovespa podem ser mais técnicos do que fundamentados em melhorias econômicas. Após um desempenho negativo em 2024, com perdas acumuladas de cerca de 10%, o índice permanece descontado, refletindo uma relação preço/lucro em níveis baixos. Embora o otimismo tenha sido moderado por incertezas relacionadas à política americana e ao crescimento econômico da China, ações ligadas ao câmbio, como Vale, sofreram quedas devido à desvalorização do minério de ferro, enquanto Petrobras se beneficiou da alta do petróleo.
No cenário doméstico, a arrecadação federal de novembro registrou alta de 11,21% em relação ao mesmo mês de 2023, atingindo R$ 209,218 bilhões, reforçando expectativas sobre a saúde fiscal do país. Em meio às incertezas fiscais, o ministro da Fazenda destacou a prioridade do governo em aprovar a Lei Orçamentária de 2025. Nos Estados Unidos, dados econômicos, como o relatório Jolts e o payroll, devem continuar influenciando as expectativas sobre a política monetária americana nos próximos dias. Às 11h39, o Ibovespa registrava alta de 1,03%, atingindo 121.262,78 pontos.