O Ibovespa encerrou janeiro de 2025 com um desempenho positivo, registrando a primeira alta desde agosto de 2024. A melhora do mercado foi impulsionada pelo alívio de algumas preocupações em torno do governo de Donald Trump e pela queda dos juros futuros, após o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizar um aumento moderado da taxa Selic em março. O dólar também recuou mais de 5%, beneficiando principalmente empresas de consumo, varejo e construção, com sete ações do índice subindo mais de 20%, destacando-se CVC, Azul, Cogna, Totvs, IRB, Assaí e Cyrela.
Por outro lado, o setor de frigoríficos, que teve destaque positivo em 2024, viu um desempenho negativo em janeiro, com ações de empresas como BRF, Raízen e Marfrig registrando quedas expressivas. A retração foi exacerbada por notícias sobre a gripe aviária nos Estados Unidos e comentários sobre os preços elevados de alimentos no Brasil. Além disso, a Raízen enfrentou dificuldades operacionais devido a fatores climáticos e incêndios florestais, impactando suas perspectivas para o ano.
Enquanto alguns setores apresentaram bons resultados, outros, como o de energia e bebidas, mostraram sinais de fraqueza. A Auren, após fusão com a AES, experimentou queda em suas ações devido ao aumento da dívida, mas também pode ser beneficiada por novas regras de leilões de energia. Já a Ambev sofreu com a retração na produção de bebidas no Brasil, o que gerou incertezas sobre suas perspectivas para 2025, resultando em perdas no mercado de ações no mês de janeiro.