O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, comentou sobre a dificuldade em distinguir a narrativa das ações concretas do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação às políticas ambientais. Agostinho destacou que, apesar de Trump ser visto como pró-indústria, o apoio de figuras como Elon Musk, um defensor dos carros elétricos, complica a análise sobre a direção futura da política ambiental norte-americana. A diplomacia brasileira, segundo ele, adota uma postura cautelosa ao avaliar os impactos das decisões de Trump, especialmente após sua retirada do Acordo de Paris e sua oposição ao Green New Deal.
A saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global, e a proposta de reforçar a indústria automotiva sem priorizar veículos elétricos são algumas das primeiras ações do governo Trump que preocupam ambientalistas. Os Estados Unidos, sendo o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, têm um papel crucial nas políticas ambientais globais. A ministra Marina Silva também expressou sua preocupação, afirmando que as ações de Trump estão confirmando os piores prognósticos para o futuro ambiental.
Em relação à COP 30, que será realizada em Belém em novembro, Agostinho defendeu que o evento não depende exclusivamente dos Estados Unidos, ressaltando que muitas nações estão adotando práticas positivas em prol do meio ambiente. Durante uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades do governo, Agostinho também abordou a emissão de licenças ambientais para projetos de infraestrutura, como o PAC, destacando a continuidade dos esforços no Brasil para conciliar desenvolvimento e preservação ambiental.