O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, expressou a expectativa de que a União Europeia (UE) intervenha em uma disputa envolvendo seu país e a Ucrânia sobre o fornecimento de gás. Orbán criticou a decisão da Ucrânia de interromper o trânsito de gás russo para a Europa Central pelo gasoduto Brotherhood, o que obrigou a Hungria a buscar rotas alternativas e causou um aumento nos preços de energia.
O premiê também afirmou que as sanções da UE contra a Rússia, impostas devido ao conflito com a Ucrânia, custaram à Hungria cerca de 19 bilhões de euros desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. No entanto, Orbán não detalhou como esse valor foi calculado. Ele questionou a justiça de suportar as consequências econômicas das sanções, enquanto a Ucrânia teria, segundo ele, prejudicado a Hungria ao permitir que o contrato de trânsito de gás pré-guerra com a Rússia expire no final de 2024.
Com a UE se preparando para renovar as sanções contra a Rússia, Orbán indicou que a Hungria pode usar seu veto para bloquear a renovação das medidas punitivas. A decisão dependerá da unanimidade entre os 27 países membros, e a Hungria sinalizou que sua posição poderá ser decisiva nas negociações.