Agnes Keleti, uma das maiores ginastas da história, morreu aos 103 anos em 2025, conforme anunciado pelo Comitê Olímpico Húngaro (HOC). Nascida em Budapeste em 9 de janeiro de 1921, Keleti teve uma carreira notável, marcada por sua luta pessoal e sucesso esportivo. Sua trajetória foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi banida das competições esportivas por sua origem judaica e se escondeu de perseguições nazistas. Durante esse período, perdeu vários familiares, incluindo seu pai, que morreu no campo de concentração de Auschwitz.
Keleti se reergueu após o fim da guerra e conquistou sua primeira medalha de ouro olímpica em Helsinque, 1952, aos 31 anos, idade avançada para uma ginasta. Ela alcançou seu auge nos Jogos de Melbourne, em 1956, onde ganhou quatro medalhas de ouro, tornando-se a ginasta mais velha da história a conquistar um ouro olímpico. Ao longo de sua carreira, acumulou 10 medalhas olímpicas, incluindo cinco de ouro, e se tornou a segunda atleta húngara mais bem-sucedida de todos os tempos, após a nadadora Krisztina Egerszegi.
Após sua carreira, Keleti se estabeleceu em Israel, onde se casou e teve dois filhos. Sua vida e conquistas a tornaram um ícone do esporte, sendo amplamente reconhecida não apenas por suas habilidades nas competições, mas também pela resiliência diante das adversidades que enfrentou. Com múltiplas condecorações do Estado húngaro, Keleti permaneceu uma figura respeitada e uma inspiração para gerações futuras, consolidando seu legado como uma das maiores atletas de todos os tempos.