O Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), referência em cirurgias ortopédicas em Minas Gerais, fechou seu bloco cirúrgico devido a danos em um equipamento essencial, o arco cirúrgico. A falta de previsão para reparo comprometeu a continuidade dos atendimentos, afetando principalmente cirurgias eletivas. Pacientes que aguardavam procedimentos agendados estão sendo transferidos para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, que agora enfrenta um aumento significativo na demanda de cirurgias, além de lidar com a sobrecarga dos atendimentos de emergência.
Funcionários e pacientes do HMAL realizaram protestos denunciando a interrupção de tratamentos e o cancelamento de cirurgias. A situação é agravada pela falta de estrutura do Hospital João XXIII para absorver a alta demanda, resultando em longas esperas e transferências sem a garantia de realização dos procedimentos. A insatisfação é visível, com relatos de pacientes que viajaram longas distâncias e já haviam se preparado para as cirurgias, mas enfrentaram novos adiamentos sem previsão de quando serão atendidos.
O fechamento do bloco cirúrgico do HMAL reflete a crise estrutural enfrentada pelo hospital, que já vinha operando com uma equipe reduzida e com falta de manutenção nos equipamentos. Embora a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) tenha negado o fechamento definitivo do HMAL, o sindicato dos servidores de saúde alertou para os impactos negativos dessa medida, que agrava o déficit de cirurgias ortopédicas no estado. O cenário atual destaca a necessidade urgente de uma solução para a gestão de recursos e infraestrutura hospitalar.