O historiador Michael Brenner destaca a dificuldade de contar a história de maneira imparcial, afirmando que os historiadores são influenciados por suas épocas e crenças políticas. A trajetória do povo judeu, desde o Êxodo do Egito até o movimento sionista do século XIX, é um exemplo de como diferentes interpretações históricas podem ser moldadas por essas influências. A Diáspora judaica resultou na dispersão do povo judeu por diversos países, sem um Estado próprio por séculos, até a criação de Israel em 1948. A resistência do mundo árabe ao reconhecimento de Israel e os conflitos que surgiram desde então marcaram as décadas seguintes.
Ao longo dos anos, os confrontos entre judeus e árabes palestinos se intensificaram, com guerras significativas, como a Guerra dos Seis Dias em 1967 e a Guerra do Yom Kippur em 1973. A partir de 1987, um levante palestino contra a ocupação israelense e a recusa do Hamas em reconhecer os acordos de paz de Oslo em 1993 acentuaram a tensão. A guerra e os ataques terroristas continuaram, com a mais recente escalada ocorrendo em 2023, que resultou em mais de 48 mil vítimas até o cessar-fogo em janeiro de 2025. Durante este período, o envolvimento de empresas de defesa e o aumento de suas vendas destacaram os lucros gerados pela continuidade dos conflitos.
Esse cenário expõe não só uma disputa territorial e religiosa, mas também os interesses econômicos envolvidos, especialmente no setor de armamentos, onde empresas globais têm lucrado com os conflitos no Oriente Médio e em outras regiões, como a guerra na Ucrânia. A situação revela que, por trás da narrativa histórica e das guerras, há um sistema de interesses que perpetua os confrontos e os lucros das indústrias militares, tornando a paz um objetivo distante e difícil de alcançar.