A historiadora Mônica Lima e Souza foi nomeada como a nova diretora-geral do Arquivo Nacional, com posse marcada para a primeira semana de fevereiro. Mônica ocupa atualmente o cargo de coordenadora-geral de Articulação de Projetos e Internacionalização da instituição e substituirá Ana Flávia Magalhães Pinto, que pediu exoneração. A nova diretora é professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem formação acadêmica com mestrado em Estudos da África no El Colegio de México e doutorado em História Social pela Universidade Federal Fluminense.
A nomeação de Mônica ocorre em um momento de continuidade dos esforços para fortalecer a preservação da memória nacional e valorizar o Arquivo Nacional, além de dar maior visibilidade e apoio aos servidores da instituição. A ministra da Gestão, Esther Dweck, destacou o trabalho realizado por Ana Flávia nos últimos dois anos, com a retomada de projetos importantes, como a Semana Nacional do Arquivo, o Memória do Mundo da Unesco e a ampliação de parcerias internacionais e nacionais. Mônica terá a missão de dar continuidade a essas iniciativas, focando na integridade institucional e na preservação do patrimônio.
Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Associação Nacional dos Servidores do Arquivo Nacional defendeu que a nova direção seja ocupada por alguém com uma visão clara sobre a gestão de documentos públicos e a importância da instituição. A carta também pediu que a gestão de Mônica se comprometa com a recuperação do protagonismo do Arquivo Nacional e com o diálogo contínuo com os servidores e entidades do setor arquivístico, além de ações contra práticas de assédio moral. O Arquivo Nacional, fundado em 1838, é um dos principais responsáveis pela gestão de documentos da administração pública federal.