O chefe do Hezbollah, Naim Qassem, afirmou que o grupo não aceita qualquer justificativa para estender o prazo de retirada das tropas israelenses do sul do Líbano. O acordo de cessar-fogo estabelecia um período de 60 dias para a retirada, que se encerrou em 27 de janeiro. Qassem enfatizou que, após esse prazo, Israel deve se retirar, sem exceções. A posição do Hezbollah foi expressa em um discurso gravado, reiterando que qualquer atraso será de responsabilidade da ONU, dos Estados Unidos, da França e de Israel.
Israel, no entanto, anunciou que precisaria de mais tempo para concluir a retirada, alegando que o governo libanês não havia cumprido completamente os termos do acordo. Em resposta, o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, afirmou que o país aceitaria o acordo até 18 de fevereiro, desde que fosse garantida a retirada completa de Israel e o fim das agressões. A questão continua a ser um ponto de tensão entre as partes envolvidas.
O Hezbollah, por sua vez, reafirma que não há espaço para negociação quanto ao prazo da retirada, e Qassem destacou que a resistência libanesa possui o direito de agir conforme considerar necessário diante da ocupação. A pressão internacional para manter o cessar-fogo é evidente, mas a situação continua incerta, com a comunidade internacional monitorando de perto os desdobramentos no sul do Líbano.