A hanseníase é uma doença infecciosa causada por uma bactéria que afeta a pele e os nervos periféricos, podendo atingir pessoas de qualquer idade e sexo. Sua transmissão ocorre por contato próximo e prolongado com pessoas infectadas, mas apenas uma pequena parte da população exposta à bactéria desenvolve a doença. Embora seja tratável, a hanseníase é frequentemente associada ao estigma e à discriminação devido às sequelas físicas que pode causar, especialmente nas áreas de sensibilidade e mobilidade. O Brasil ocupa atualmente o segundo lugar no ranking mundial de casos novos da doença, tornando-a uma questão importante de saúde pública.
A identificação da hanseníase é realizada por meio de exames dermatológicos e neurológicos, onde são observadas lesões de pele e comprometimento dos nervos periféricos. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações, como deficiências físicas e danos permanentes. Além disso, a Caderneta de Saúde da Pessoa Acometida pela Hanseníase, disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), serve como um instrumento importante para o acompanhamento do tratamento, esclarecimento de dúvidas e promoção do autocuidado.
Embora a doença seja curável com o tratamento adequado, os mitos sobre a hanseníase ainda são comuns. Muitas pessoas acreditam que a transmissão ocorre por meio de contato superficial, como abraços ou compartilhamento de utensílios, o que é falso. A discriminação associada à doença, alimentada por esses mitos, dificulta o enfrentamento e a adesão ao tratamento. O governo brasileiro, por meio de campanhas educativas, visa desmistificar a doença e promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico e do tratamento precoces.