O Hamas acusou Israel de realizar massacres em Gaza após o anúncio de um possível acordo de cessar-fogo, previsto para entrar em vigor no domingo (19). Segundo o grupo, a intensificação dos ataques israelenses tem como objetivo dificultar a implementação do acordo, que foi confirmado pelo Gabinete de Segurança de Israel na última sexta-feira (17). A Defesa Civil de Gaza reportou que pelo menos 116 pessoas, incluindo 30 crianças e 32 mulheres, foram mortas desde o anúncio, além de 264 feridos.
Nos últimos dias, as forças israelenses intensificaram os bombardeios no norte e centro de Gaza, atingindo cerca de 50 alvos considerados terroristas, segundo informações do Exército de Israel. A quinta-feira (16) registrou o maior número de mortes diárias em Gaza desde o início do conflito, com um aumento significativo das baixas civis. A situação humanitária na região continua crítica, com uma escassez grave de alimentos, medicamentos e infraestrutura básica, conforme alertam organizações internacionais.
O conflito entre Israel e o Hamas se intensificou desde outubro de 2023, quando o grupo militante palestino invadiu o território israelense, resultando em mais de mil mortos e dezenas de reféns. Em resposta, Israel tem realizado intensos ataques aéreos e incursões terrestres em Gaza, com o objetivo declarado de neutralizar a infraestrutura militar do Hamas. Apesar dos esforços diplomáticos para um cessar-fogo, a violência e os confrontos continuam a afetar gravemente a população civil.