O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista que sua relação com o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, não interferirá na independência da autarquia na condução da política monetária. Segundo Haddad, seu papel é oferecer suporte técnico e informações ao BC, mas as decisões finais, como a definição da taxa de juros, continuam sendo tomadas de forma autônoma pelo colegiado do Comitê de Política Monetária (Copom). O ministro destacou que, embora possa questionar decisões, a responsabilidade de cada órgão é clara e respeitada.
Durante a entrevista, Haddad também ressaltou a importância do diálogo do Banco Central com diversos setores da sociedade, incluindo governo, mercado e setor produtivo. No entanto, ele enfatizou que, apesar dessas consultas, as decisões são tomadas por um colegiado, composto por nove pessoas, que se reúne para definir o rumo da política monetária do país de forma independente. O ministro reiterou sua confiança em Galípolo, a quem considera plenamente capaz de cumprir a missão do Banco Central.
Além disso, Haddad afirmou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva continuará respeitando a autonomia da autoridade monetária, conforme já foi expresso pelo próprio presidente. O ministro mencionou que, antes da nomeação de Galípolo para a presidência do BC, o presidente Lula deixou claro que não pressionaria o Banco Central em relação às suas decisões, mantendo o mesmo respeito e deferência dedicados aos presidentes anteriores da instituição.