O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu maior honestidade intelectual ao avaliar as ações do governo Lula na área fiscal, criticando as administrações anteriores por não conseguirem gerar superávits sustentáveis. Durante uma entrevista, Haddad destacou que, em comparação com os déficits fiscais elevados dos governos Temer e Bolsonaro, o atual governo tem cumprido a meta fiscal de forma mais eficaz. Ele ressaltou que, enquanto os predecessores falavam de zelo fiscal, suas gestões apresentaram déficits bem maiores que os do governo atual, que fechou 2024 com um déficit de apenas 0,09% do PIB, dentro da meta estabelecida.
Haddad também usou os exemplos dos ex-ministros da Fazenda, Henrique Meirelles e Paulo Guedes, para criticar a gestão fiscal dos últimos anos. Ele apontou que a retórica de responsabilidade fiscal de suas administrações não se traduziu em resultados concretos, como um superávit público sustentável. Além disso, o ministro refutou acusações sobre a atual condução econômica do governo e enfatizou que as críticas devem ser feitas de maneira mais objetiva e sem distorções.
O ministro também abordou questões de política econômica atual, incluindo as altas nos preços dos alimentos. Ele destacou que, devido à boa safra e ao câmbio favorável, a inflação de alimentos deve diminuir em 2025. Quanto à possibilidade de reduzir as alíquotas de importação para alimentos mais caros, Haddad afirmou que isso ainda está em análise técnica e não seria prudente fazer mudanças sem avaliar os impactos completos. Ele também rebateu rumores e fake news, como a suposta taxação do sistema de pagamentos Pix, que levou à revogação de uma medida da Receita Federal.