A invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 desencadeou um conflito violento que afetou profundamente a economia europeia, especialmente no setor energético. Antes da guerra, muitos países da Europa central e oriental dependiam fortemente do gás russo, com a infraestrutura de gasodutos construída ao longo de décadas. Esse fornecimento estava intimamente ligado a uma parceria de longo prazo, essencial para as relações entre a Rússia e a Europa, mas a guerra e as sanções impuseram uma ruptura abrupta nesse modelo. A tentativa de enfraquecer a economia russa com restrições ao gás e petróleo inicialmente resultou em um aumento significativo nos preços da energia na Europa, impactando tanto os consumidores quanto a indústria.
Embora a Rússia tenha redirecionado suas exportações de energia para mercados como China e Índia, essa mudança não foi suficiente para mitigar as perdas econômicas, uma vez que os preços pagos por esses novos compradores eram inferiores aos pagos pelos europeus, e a logística para exportação se tornou mais complexa e dispendiosa. Por outro lado, a Europa passou a buscar alternativas ao gás russo, firmando contratos com fornecedores como Estados Unidos, Noruega e Qatar. Contudo, essas novas fontes de energia chegam mais lentamente e a custos mais elevados, o que continua pressionando a economia europeia.
Após dois anos de adaptação, o cenário energético da Europa permanece instável e desafiador. A dificuldade de encontrar soluções a longo prazo para a crise energética é evidente, especialmente com a recessão na Alemanha e os altos custos de energia, que afetam tanto as famílias quanto o setor industrial. Embora alternativas tenham sido encontradas, o futuro energético da Europa, em um contexto de tensão geopolítica e instabilidade, continua incerto e complexo, exigindo estratégias mais robustas para garantir segurança e sustentabilidade energética a médio e longo prazo.