Guarujá, no litoral de São Paulo, registrou um aumento significativo de casos de virose no final de 2024 e início de 2025, com sobrecarga nas unidades de saúde. A cidade, que vivenciou um pico de atendimentos médicos, viu o tempo de espera nas unidades de saúde reduzir consideravelmente após reforço na estrutura, incluindo mais profissionais e postos de hidratação. A virose, que provoca sintomas gastrointestinais como diarreia e vômitos, afetou também outras cidades da Baixada Santista, levando a um maior número de casos de gastroenterite aguda. As autoridades locais destacam que o surto parece ter diminuído, mas a situação ainda está sendo monitorada.
A prefeitura de Guarujá notificou a Sabesp sobre a possibilidade de vazamentos de esgoto na região da Enseada, suspeitando que isso possa ter contribuído para o aumento de casos da doença. A Sabesp já reconheceu um vazamento na área e enviou equipes para interromper o problema e higienizar as áreas afetadas. Além disso, amostras de água foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz para investigação da possível relação entre a água contaminada e a propagação da virose. O médico infectologista da cidade alertou que o surto pode ser causado por norovírus, transmitido pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
As autoridades estaduais também recomendaram medidas preventivas para evitar a Doença de Transmissão Alimentar (DTA), como o consumo de água filtrada e a atenção à balneabilidade das praias. Embora o surto tenha causado grande preocupação, especialistas garantem que a virose tende a passar sozinha em poucos dias, desde que as orientações de hidratação e cuidados com os sintomas sejam seguidas. As prefeituras da região continuam monitorando os casos e ajustando os atendimentos conforme necessário.