A Gruta da Lagoa Azul, localizada em Nobres (MT), é um dos maiores atrativos naturais de Mato Grosso, mas enfrenta problemas sérios devido ao turismo irregular. Interditada há 23 anos por causa da degradação ambiental, a área continua sendo visitada por turistas, guiados por pessoas não autorizadas, que cobram até R$ 250 por entrada. Recentemente, a fiscalização identificou a presença de turistas e guias em visitas ilegais, o que levanta preocupações sobre a falta de fiscalização contínua e a dificuldade de regularização do local.
O Ministério Público de Mato Grosso acompanha o caso e abriu um procedimento administrativo para monitorar a situação até maio de 2025. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), responsável pela área, ainda não se manifestou sobre as medidas tomadas para resolver o problema. O promotor de Justiça responsável pelo caso indicou que a falta de estrutura e fiscalização permanente contribui para que as visitas irregulares continuem a ocorrer, colocando em risco tanto o ecossistema quanto a segurança dos turistas.
Além das ameaças à natureza, como o risco de desmoronamento de rochas e a presença de fauna potencialmente perigosa, o turismo ilegal pode acarretar danos irreversíveis ao ecossistema da Gruta da Lagoa Azul. O Ministério Público destaca a urgência de medidas que garantam a proteção do local e a segurança dos visitantes, mas o processo burocrático de regularização ainda não avançou. O caso segue em acompanhamento, e novas reuniões devem ser agendadas para discutir soluções eficazes.