A polícia britânica alertou para a crescente ameaça representada pelo grupo extremista radical de direita, conhecido como 764. Este grupo, que combina ideologias satanistas e nazistas, é acusado de chantagear e manipular crianças, principalmente meninas, para que realizem atos de automutilação, suicídio ou abuso sexual. Cameron Finnigan, um jovem de 19 anos, foi condenado por envolvimento com o grupo após ser identificado como um dos membros principais. Ele foi responsabilizado por crimes como incitação ao suicídio e posse de material ilegal. Durante a investigação, a polícia encontrou evidências de planejamentos violentos, incluindo ataques terroristas, e documentos que orientavam sobre como realizar ataques em grande escala.
O grupo 764, que surgiu em 2020 nos Estados Unidos, está associado a uma rede global de extremistas de direita que promovem uma agenda de destruição da sociedade moderna, por meio de violência e exploração. Seu fundador foi preso em 2021, mas a rede continua ativa, com prisões em vários países, incluindo o Reino Unido e os Estados Unidos. A investigação revelou que os membros do grupo utilizam plataformas como Telegram e Discord para se comunicar e recrutar vítimas vulneráveis, muitas vezes em comunidades de saúde mental e automutilação. Eles usam táticas de manipulação psicológica e ameaças para coagir jovens a realizar atos destrutivos em troca de uma sensação de pertencimento.
Além de sua atividade criminosa online, o grupo também se envolve em formas de perseguição offline, como a tática conhecida como “swatting”, que envolve denunciar falsamente vítimas às autoridades para causar terror. Em um caso, membros do 764 forjaram uma denúncia que levou à mobilização de policiais armados na casa de uma família na Austrália. Apesar dos esforços das autoridades para combater esse grupo, as vítimas continuam sofrendo com o trauma psicológico e as repercussões do abuso, sendo que muitas ainda não conseguem se desvincular do grupo e permanecem sob ameaça constante.